Ind�stria mira mobilidade compartilhada, conectividade, ve�culos el�tricos e aut�nomos

10/12/2018 10:30:00

Pesquisa da McKinsey & Company foi apresentada na Fiesc

Ind�stria mira mobilidade compartilhada, conectividade, ve�culos el�tricos e aut�nomos

Quatro tendências baseadas em tecnologia disruptiva para mobilidade estão tomando forma no mundo todo e no Brasil: autonomia, carros elétricos, mobilidade compartilhada e conectividade.

É o que mostra pesquisa da McKinsey & Company, apresentada na sexta-feira, dia 7, em reunião da Câmara de Desenvolvimento da Indústria Automotiva da Fiesc.

O estudo realizado este ano sobre o mercado de reposição automotivo ouviu 20 especialistas nos EUA, Europa, Ásia e Brasil, além de 750 proprietários de veículos.

O levantamento mostra que o uso das plataformas online, como WhatsApp, aplicativos móveis e e-commerce, é crescente no Brasil.

Bernardo Ferreira, da McKinsey & Company, destaca que "é uma grande variedade de preços e produtos oferecidos pelo comércio eletrônico, mas é preciso atuar com cuidado nesse segmento”.

Grupos de compra já fazem parte do cenário do mercado de reposição na Europa e estão entrando no Brasil. ,

O presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, afirmou que a economia do país vem reagindo, acompanhada por um importante aumento da confiança do empresário:

“Temos indústrias investindo e já se preparando para atender esse crescimento do mercado automotivo, seja no Brasil ou no mundo. Projeções indicam que nosso país deve retomar os volumes de produção pré-crise em 2022”.

Aguiar lembrou que o complexo metalmecânico e automotivo de Santa Catarina é forte e está crescendo, puxado pelas boas perspectivas nacionais e mundiais do setor:

“Em nosso estado, essa cadeia produtiva é consolidada nos segmentos de produtos de metal, metalurgia e máquinas e equipamentos, que estão diretamente correlacionadas com o setor de automóveis. As projeções indicam crescimento da indústria automobilística nos próximos anos em diversos países, entre eles podemos destacar Índia, Argentina e o próprio Brasil. Isso significa que temos a oportunidade de ampliar nossa inserção nesses mercados, assim como investir mais e gerar mais empregos”.

O presidente do Sindipeças, Dan Ioschpe, ressaltou o bom desempenho do setor de autopeças no país, que gera 174,5 mil postos de trabalho.

As importações neste segmento no Brasil ainda superam as exportações (-U$S 6,01 bilhões).

“A solução estrutural aqui é pesquisa, desenvolvimento e inovação. Precisamos acelerar o ciclo de entrada de autopeças produzidas no Brasil em um novo veículo ou produto. Precisamos ser mais competitivos e com viés forte em inovação”, analisa, destacando que expectativa é encerrar o ano com 3 milhões de veículos produzidos, 10% a mais do que em 2017.

Iuri Caldeira, gerente de internacionalização da entidade, falou sobre a inserção das indústrias em novos mercados, destacando a multiplicação de canais, alianças geoestratégicas, aproximação geopolítica, entre outros fatores.

O presidente da Câmara Automotiva, Hugo Ferreira, salientou o bom desempenho do setor em Santa Catarina, que aumentou as exportações em 44% desde 2015.

Devas Gusmão, gerente de compras da LS Mtron, apresentou os negócios da empresa coreana de máquinas agrícolas que fabrica tratores desde 1977. A companhia possui fábrica em Santa Catarina e na China, além de um escritório de vendas nos Estados Unidos, e fornece tratores para mais de 40 países.