Consultor fala sobre benef�cios da economia compartilhada

18/01/2019 07:00:00

Conceito surgiu em 2008 e deve movimentar 335 bilh�es de d�lares at� 2025

Consultor fala sobre benef�cios da economia compartilhada

Ela está presente na forma como nos locomovemos, ouvimos músicas e nos alimentamos. A economia compartilhada, conceito que surgiu em 2008 e hoje está presente em todo o mundo, trouxe novos formatos à economia global.

De acordo com o consultor empresarial Roberto Vilela, esse novo formato não só deu mais autonomia e empoderamento ao consumidor, como também forçou empresas de diversos segmentos a repensarem seus produtos e serviços:

“O crescimento exponencial de coworkings e de negócios como o Uber são exemplos claros de economia compartilhada. Trata-se daqueles negócios em que as empresas dividem recursos – que vão desde investimentos até habilidades e tempo – e em que há um foco no benefício do produto e não nele próprio. Esse modelo é, muitas vezes, disruptivo e traz novas oportunidades tanto para empreendedores como consumidores”.

A consultoria PwC, destaca que a economia compartilhada movimentará, até 2025, 335 bilhões de dólares em todo o mundo , 20 vezes mais em relação a 2014.

Para Roberto, essa perspectiva deve ser levada em consideração no planejamento empresarial. Ele destaca fatores positivos e negativos na hora de se investir em economia compartilhada:

- Repensar o modelo de gestão é desafiador

De acordo com o consultor, o grande desafio de quem quer implantar conceitos de economia compartilhada é a resistência a um novo modelo de produção:

“Nem sempre gestores e equipes estão preparados, dispostos ou mesmo confiantes. Por isso é importante estudar profundamente um modelo de transformação que gere impactos positivos em longo prazo e que em um primeiro momento não cause um choque na cultura empresarial”, sustenta.

Ele aconselha, por exemplo, a busca de parcerias estratégicas em áreas tradicionais, como a comercial.

- Englobe mais do que o óbvio

Uma das bases da economia compartilhada é tirar o foco da quantidade e se voltar à qualidade de um produto ou serviço.

“Independentemente de seu setor de atuação, significa entregar uma experiência completa ao se cliente. Vale pensar em parceria com empresas e oferecer, além da compra do seu produto, a entrega, a personalização, troca facilitada. Uma padaria que ofereça assinatura mensal para entrega diária de pães na casa do cliente é um exemplo de união entre produto e serviço”, comenta.

- Foco no consumidor, sempre

Pode parecer cliché, mas Roberto diz que muitas empresas ainda esquecem que o consumidor é que precisa ser a razão do seu negócio:

“De empoderamento ao seu cliente. Ouça o que ele tem a dizer, argumente se achar necessário, mas tenha em mente que é a experiência de compra que fará ele voltar. Você pode atuar em um coworking, pela internet ou ter uma grande loja: se não tratar cada consumidor como único tem grande chance de ser substituído por uma startup com essa visão”.