Aumenta confian�a do setor de TI catarinense na economia do pa�s

06/02/2019 15:00:00

Gestores esperam desburocratiza��o e maior equil�brio fiscal

Aumenta confian�a do setor de TI catarinense na economia do pa�s
Foto: Divulga��o

Empresários do setor de TI de Santa Catarina apostam que a postura mais liberal do governo federal na economia vai trazer um cenário mais positivo para os negócios.

A expectativa é de que haja redução nas burocracias para questões como exportação, abertura de novas empresas e tributação.

O setor também está confiante de que haverá maiores investimentos em inovação, impulsionando os negócios e o desenvolvimento econômico do país, de acordo com Daniel Leipnitz, presidente da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate):

“A tomada de decisão será realizada com maior otimismo e a tecnologia será impactada positivamente com esse cenário".

 

Confira as expectativas de empresários do setor para 2019:

 

Investimentos represados

Diretor de mercado da Dígitro Tecnologia, Octávio Carradore, acredita que as recentes alterações no contexto político podem ser um indicativo de melhorias em âmbito econômico:

“Enxergo o mercado muito mais otimista com a possibilidade de concretização dos investimentos que, até então, estavam represados. O governo é responsável por uma expressiva parcela da economia do país. Ainda que muitos ajustes sejam feitos, acredito que iremos ver adaptações sendo realizadas, também, nas empresas”.

O executivo comenta que tendências como o uso da inteligência artificial também podem estimular oportunidades de mercado:

“Existem muitas novas demandas surgindo no setor de TI. Falamos muito sobre inteligência artificial e internet das coisas, por exemplo, e isso ocorre pela maturidade do mercado e pelo aumento de demandas. As tecnologias precisam atender às nossas necessidades, mas sem esquecer de garantir o sucesso no relacionamento com o cliente”.

 

Ano da retomada

Otimismo também não falta ao empresário Luiz Alberto Ferla, CEO e fundador do DOT digital group. Para ele, 2019 sinaliza ser o ano da retomada:

“A volta do crescimento econômico, mesmo que gradual, favorecerá a geração de empregos e o fortalecimento das empresas. Acreditamos firmemente que novos tempos se aproximam, propiciando maiores investimentos em tecnologia, inovação e educação para melhorar a competitividade das nossas empresas e do país”.

Em 2019, o DOT aposta na internacionalização do grupo para crescer.

Entre seus clientes, destacam-se Honda, Natura, Tivit, Engie e Santander.

 

Equilíbrio fiscal

O empresário Gérson Schmitt, fundador da Paradigma Business Solutions, está confiante na adoção de medidas mais rigorosas para garantir maior equilíbrio fiscal das contas públicas.

Ele lembra que o maior controle das contas do governo é fundamental para o Estado concretizar um modelo mais enxuto e menos burocrático, reduzindo as dificuldades à gestão de empresas.

Com a mudança desse cenário, Gérson acredita que será possível gerar um ambiente de atração de investimentos capaz de impulsionar a geração de empregos e a arrecadação de impostos:

“O crescimento da segurança jurídica e da ordem e segurança dos cidadãos, juntamente com a redução da pressão e da burocracia sobre as empresas, deve estimular novos empreendedores”.

O reflexo disso, segundo o executivo, será a atração dos investimentos necessários em inovação para que o país e as empresas brasileiras possam ganhar produtividade e competitividade.

 

Investimentos em tecnologia

Presidente da divisão de agricultura da Hexagon, Bernardo de Castro lembra que a confiança do mercado reflete em investimentos, impulsionando a economia como um todo.

A Confederação da Agricultura e Pecuária no Brasil (CNA) fez uma projeção de crescimento de 2% no PIB do agronegócio em 2019, frente a previsão de queda de 1,6% para 2018.

Esse otimismo deve influenciar processos de adesão das empresas a novas tecnologias. Segundo o executivo, os gestores e empreendedores agrícolas estão em busca de soluções que conectam, sincronizam e otimizam todos os processos do campo.

Um dos maiores desafios no setor é a fragmentação e o engessamento dos sistemas tecnológicos:

“Há muitas tecnologias que não se conversam e processos que não interagem da melhor maneira, comprometendo os resultados. Como toda indústria, o campo precisa de processos integrados e eficientes para produzir mais com menos”, explica Bernardo.

A Hexagon desenvolve soluções digitais completas, que vão desde o planejamento para o cultivo até a colheita e o transporte de matéria prima.