Na gest�o e na inova��o, a presen�a feminina precisa crescer

08/03/2019 17:00:00

Por Irene da Silva Ribeiro, CEO da Ellevo Solu��es

Na gest�o e na inova��o, a presen�a feminina precisa crescer

Por Irene da Silva Ribeiro
CEO da Ellevo Soluções

 

Todos os anos, o dia 8 de março traz uma série de homenagens e lembranças às mulheres. Elas falam sobre comprometimento, cuidado, força, delicadeza. Muitas exaltam a beleza feminina, mas poucas lembram sobre a importância da mulher para o sucesso dos negócios.

Nem sempre lembramos de como o perfil multitarefas e cuidadoso da mulher pode contribuir para o crescimento de uma empresa. Não raro, nos vemos reduzidas a questões que beiram a futilidade e nem de perto exaltam o verdadeiro potencial que cargos e funções distribuídos igualmente podem trazer para todo o ecossistema de inovação.

Ser mãe e esposa, há anos deixou de ser o papel central da mulher e é cada vez mais importante encontrar diante de nossa trajetória profissional colegas que conquistaram posições de respeito graças ao seu trabalho. Recentemente assumi o posto de CEO da Ellevo e ao olhar para o mercado vejo que são poucas as mulheres que ocupam este cargo – daria, provavelmente, para contar nos dedos das mãos.

Em um segmento ainda predominantemente masculino, como o de tecnologia, se destacar requer disciplina. Mas afinal, não é isso o que nos sobra? Vejo, diariamente, mulheres em diferentes posições profissionais assumirem uma série de tarefas que muitas vezes as sobrecarregam. Assumem porque quando o fazem têm a consciência de que entregarão aquilo que se comprometeram a realizar.

Nem sempre são reconhecidas por seus esforços e este talvez ainda seja a questão mais desafiadora para nós, mulheres em cargos de comando: precisamos provar, diariamente para o mercado, que ocupamos uma cadeira de gestão por mérito e trabalho. Que damos conta do recado.

Posso afirmar que ao longo da carreira consegui estabelecer uma relação de respeito com os profissionais à minha volta e conquistar reconhecimento. E diariamente me policio para fazer o mesmo com outras mulheres que, assim como eu, são desafiadas a evoluir sempre e se posicionar sempre. É esse o legado que quero deixar para a minha filha e as profissionais com quem convivo: podemos muito mais e o 8 de março só reforça o quão competente podemos ser.

Lugar de mulher, definitivamente é aonde ela quiser e puder chegar. Não podemos mais ser rotuladas por gênero, mas sim por nossas competências, com equidade de cargos, salários e cargas de trabalho. Eu acredito e luto por isso todos os dias. E você, já reconheceu o profissionalismo de uma mulher hoje?