Propriedade rural do oeste de SC � refer�ncia em qualidade leiteira

07/02/2020 16:30:00

Propriedade rural do oeste de SC � refer�ncia em qualidade leiteira

A propriedade rural da família Zanetti, localizada em Coronel Freitas no oeste catarinense, foi reconhecida como a melhor em qualidade leiteira pela indústria de lácteos Piracanjuba, com unidade na cidade de Maravilha.

Esse foi o resultado da dedicação dos produtores rurais em melhorar e aumentar a produtividade de leite por meio do programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), em parceria com o Sindicato Rural de Chapecó.

Mais de 3,3 mil pessoas do sul do País concorreram a sétima edição do prêmio, que foi entregue em janeiro.

 

Para serem consagrados, os proprietários do estabelecimento rural, Glaucia Marlene Zanetti e Javan Maestri, cumpriram com os seguintes critérios de avaliação: maior teor de gordura e de proteína do leite, menor Contagem Bacteriana Total (CBT), menor Contagem de Células Somáticas (CCS) e fornecimento de leite no período mínimo de 12 meses.

 

Em abril de 2017, a família Zanetti ingressou no programa ATeG, desde então recebe consultoria técnica e gerencial pelo técnico Willian Maurício Radavelli, com acompanhamento do supervisor técnico Fernando da Silveira e do supervisor da região Oeste do Senar/SC Helder Jorge.

Para avaliar os resultados da assistência técnica, foi diagnosticada a média de produção de leite, que no primeiro período foi de 119,25 litros/dia, somando 3.627,25 litros/mês. No segundo período (2017/2018), esses indicadores elevaram 46,17%.

A produção média de leite passou a ser 174,31 litros/dia, totalizando aproximadamente 5.301,91 litros/mês. A receita desse estabelecimento rural aumentou 256,78% nesse período.

 

Glaucia Marlene Zanetti, proprietária do estabelecimento, como foi o processo:

 

“A implementação da metodologia ATeG foi fundamental para atingirmos os parâmetros de qualidade”.

“Quando iniciamos o programa, eu não sabia o que era a CCS. Então, o técnico nos ensinou a monitorar”.

“Todos os meses coletamos e enviamos o leite para a análise. Quando o resultado é alto, destinamos esse leite para os bezerros e após três meses refazemos o teste nesse animal”.

“Esse é um exemplo do nosso aprendizado no programa. O prêmio foi resultado desse trabalho e foi gratificante, pois nos incentiva a melhorar cada vez mais”.

“Se todas as propriedades tivessem essa oportunidade, com certeza colheriam bons frutos”.

 

ATeG:

 

O programa é desenvolvido em duas fases. Na primeira, cada técnico de campo atende até 30 propriedades rurais por mês durante dois anos. As visitas mensais têm duração de quatro horas. Na segunda fase, as visitas são bimestrais no período de 24 meses.

Atualmente, mais de 4.000 produtores são atendidos pelo programa em Santa Catarina, abrangendo 85% dos municípios. Para atender os produtores rurais, a ATeG conta com 120 técnicos de campo (88 homens e 32 mulheres). Desses, 67 são médicos veterinários; 37 engenheiros agrônomos; 11 zootecnistas; dois engenheiros de aquicultura; dois técnicos apícolas e um engenheiro ambiental, sendo que 64 são graduados, 37 especialistas, 15 mestres, dois técnicos e dois doutores.