Pesquisa do BC Convention revela impacto nos empregos do setor tur�stico

01/04/2020 12:00:00

Pesquisa do BC Convention revela impacto nos empregos do setor tur�stico

O Balneário Camboriú Convention & Visitors Bureau realizou pesquisa com os associados que fazem parte do setor turístico de Balneário Camboriú e região para identificar os primeiros impactos causados nos empregos, diante da pandemia do coronavírus.

 

O estudo revelou que:

 

  • 79,9% dos colaboradores entraram em férias.

  • 10,6% continuaram trabalhando 

  • 9,5% dos colaboradores tiveram contratos encerrados após o Decreto Nº515 do Governo do Estado, que dispõem sobre a necessidade de isolamento social. 

 

Sobre demissões futuras

 

  • 52,9% das empresas informaram que farão (neste momento estimadas em 8% do número total de colaboradores do setor).

  • 22,6% das empresas estão analisando o cenário antes da tomada de decisão.

  • 24,5% das empresas não pretendem fazer novas demissões. 

 

No setor de alimentação:

 

  • 53% seguiram trabalhando através de delivery.

  • 47% das empresas estão com a atividade totalmente desativada.

 

A Presidente do BC Convention, Margot Rosenbrock Libório, analisa:

 

“Mesmo com a estagnação da atividade em praticamente 90% do setor turístico, o empresariado resiste em fazer novas demissões”. 

“Há esperança que o trabalho se restabeleça e que as equipes voltem a atuar”. 

“Vemos que as medidas governamentais para ajuda às empresas do setor são tímidas e lentas”. 

“Este panorama pode afetar a decisão das empresas que ainda estão analisando o cenário e, pela falta de apoio rápido e contundente as novas demissões, poderão acontecer em maior número do que pensado em um primeiro momento”.

 

Para a Gerente Geral do Hotel Itália, Cristiane Dahlem, o setor está passando por algo nunca antes visto:

 

“O setor de Turismo e Eventos irá amargar um pouco mais a retomada, pois a população em geral está comprometida e entendeu o comportamento mais retraído que o vírus exige”. 

“Neste primeiro momento, estamos tentando priorizar e preservar o emprego de nossos colaboradores com a convicção de que vivemos um período de guerra, e que todos precisamos ajudar de alguma forma”. 

“Devemos entender o conceito de humanidade. Para isso, estamos analisando as medidas econômicas já pensadas e oferecidas ao nosso setor”.

 

Para o Proprietário da Kombina Felice, Rafael Scalco, a maior preocupação está na folha de pagamento dos funcionários, pois são muitas famílias que dependem disso:

 

“Essa é uma crise que pegou a todos de surpresa, poucos dias antes ninguém poderia imaginar ter que fechar todos os comércios não essenciais”. 

“Ela está causando um grande impacto econômico em todo o setor, pois a maioria das empresas tem caixa para passar no máximo um mês sem faturamento”. 

“Neste primeiro momento o impacto foi minimizado com a possibilidade das férias coletivas, porém se a quarentena persistir haverá demissões em massa, pois não será possível manter os empregos sem faturamento”.