ENERGIA

WEG e Engie concluem instalação do primeiro aerogerador nacional, em Tubarão

16/06/2021 16:30:00

WEG e Engie concluem instalação do primeiro aerogerador nacional, em Tubarão

A WEG S.A. e a ENGIE Brasil Energia estão concluindo a fase mais importante do Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento “Aerogerador Nacional”, que é a montagem do equipamento.

 Localizado no município de Tubarão, o aerogerador está instalado no parque experimental de pesquisa e desenvolvimento da ENGIE.

É resultado de um Projeto Estratégico do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da companhia com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). 

O aerogerador foi projetado e construído pela WEG.

A segunda etapa do projeto também contou com recursos do P&D das Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A (CELESC). 

O projeto denominado “Desenvolvimento e certificação de aerogerador nacional de 4,2 MW de acoplamento direto, com gerador síncrono de ímãs permanentes e conversor de potência plena”, tem por objetivo  desenvolver e incentivar a tecnologia nacional em energia eólica para reduzir a dependência de outros países, por meio do fortalecimento da cadeia brasileira de fornecedores de componentes e prestadores de serviços para a fabricação e instalação de aerogeradores de grande porte. 

A fabricação dos segmentos da torre de concreto com mais de 1.100 toneladas de aço e concreto foi realizada pela WEG no próprio local de instalação do aerogerador.

O gerador, o hub e a nacele, instalados no topo da torre de concreto, foram produzidos pela WEG, cuja matriz e principal operação global está localizada em Jaraguá do Sul. 

Já as pás eólicas foram fabricadas pela empresa Aeris, em Caucaia (CE). 

Um dos desafios do projeto foi a logística, dadas as dimensões dos equipamentos e as distâncias percorridas. 

O gerador, o hub e a nacele, que somados pesam 201,3 toneladas, percorreram 300 km em viagem rodoviária, de Jaraguá do Sul até Tubarão. 

Já as pás, que medem 72 metros e pesam 22,5 toneladas cada, foram transportadas de navio do Porto de Pecém, no Ceará, até o Porto de Imbituba, de onde seguiram por 50km em uma carreta especial até Tubarão. 

Em seus trajetos rodoviários, os equipamentos contaram com escoltas da Polícia Rodoviária Federal e apoio da CELESC para elevação da fiação elétrica ao longo do caminho.

Essa nova turbina, com 4,2 MW de potência, foi instalada à 600 metros de outro aerogerador, de 2,1 MW, resultado da primeira etapa deste Projeto Estratégico de P&D, o qual foi primeiro protótipo construído pela WEG no Brasil. 

Ele entrou em operação em 2015 e a análise do seu desempenho contribuiu para o desenvolvimento deste novo aerogerador, mais adequado às condições de vento do Brasil.

A energia elétrica gerada será futuramente fornecida ao Sistema Interligado Nacional (SIN), que faz a conexão entre as unidades de geração e os consumidores de energia elétrica. 

O Diretor Superintendente da WEG Energia, João Paulo Gualberto da Silva, explica:

“O desenvolvimento do aerogerador AGW 147/4.2 contou com times multidisciplinares de engenharia. A validação final dos componentes foi realizada na sede da WEG em Jaraguá do Sul através da bancada back-to-back". 

“Em tal arranjo, dois aerogeradores são conectados mecanicamente um de frente para o outro atuando como gerador e o outro como motor simulando o vento o que permite mais autonomia ao nosso processo de P&D”. 

"Vale enfatizar que esta estrutura de testes é a maior do tipo das Américas, estando apta a atender futuras plataformas de até 6 MW. Já o segundo aerogerador utilizado no arranjo será destinado ao mercado indiano, com instalação deste protótipo de 50 Hz prevista ainda em 2021”.

O Diretor de Novos Negócios, Estratégia e Inovação da ENGIE Brasil Energia, Guilherme Ferrari, relata:

“O investimento da ENGIE neste projeto é superior a R$ 80 milhões e busca incentivar o mercado nacional para a energia eólica". 

"O desenvolvimento de tecnologia brasileira pode trazer benefícios socioeconômicos para diversas regiões, aumentar a competitividade do país para o fornecimento destes equipamentos no exterior e pode vir a reduzir o custo da energia gerada, trazendo benefícios diretos para o consumidor”.