AGRICULTURA

Mel de abelhas sem ferrão é regulamentado em Santa Catarina

13/11/2020 14:45:00

Mel de abelhas sem ferrão é regulamentado em Santa Catarina

Para apoiar os sistemas produtivos da apicultura e meliponicultura, o Governo do Estado regulamentou o mel de abelha sem ferrão. 

A produção tem crescido em Santa Catarina, mas faltava uma padronização.

A portaria SAR nº 37/2020 regulamenta uma norma interna que estabelece a identidade e os requisitos mínimos de qualidade que deverão ser apresentados pelo mel de abelhas sem ferrão produzido no estado. 

 

As abelhas sem ferrão são nativas, de fácil manejo.

Podem ser criadas em áreas rurais e urbanas. 

A espécie é conhecida por ser polinizadora mais eficiente do que a exótica Apis mellifera (com ferrão) para grande parte das plantas cultivadas.

Recebem esse nome por terem o ferrão atrofiado. 

 

Essas abelhas desempenham um papel fundamental como polinizadores.

Garantem a sobrevivência de plantas nativas e cultivadas, além da produtividade frutífera do estado.

 

A regulamentação da produção é resultado de um projeto desenvolvido pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) que, por meio de estudos técnico-científicos, em parceria com estabelecimentos que possuem o Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e com o apoio do corpo técnico Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) , buscou identificar os critérios para regulamentação deste produto no estado catarinense.

 

Prazos

Com a aprovação da Norma Interna Regulamentadora, o mel das abelhas sem ferrão terá as classificações de acordo com a sua origem, pela sua apresentação, pelo seu processamento e ainda possuir características sensoriais, físico-químicas e características essenciais de qualidade.

 

Os estabelecimentos terão o prazo de 120 dias para se adequarem à norma, a contar de sua publicação no Diário Oficial do Estado.

 

O médico veterinário e gestor do Deinp, Jader Nones, comenta:

 

“O projeto foi desenvolvido por profissionais que atuam no departamento, por meio da Comissão de Identidade e Qualidade de Produtos de Origem Animal”. 

“Tem a finalidade de contribuir com a valorização e regulamentação de produtos catarinenses. Busca também tornar o registro deste produtos mais ágil”. 

“Além disso, o projeto é crucial para consumidores, os quais poderão passar a consumir produtos tradicionais e que podem a partir de produtos devidamente regulamentados e devidamente regulamentados e inspecionados”.