R�ssia retoma importa��o de carne su�na do Brasil

01/11/2018 11:00:00

SC aguarda libera��o de novas plantas para exportar produto

R�ssia retoma importa��o de carne su�na do Brasil

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, anunciou nesta quarta-feira, dia 31, que a Rússia irá retomar as importações de carnes do Brasil.

As cargas poderão ser embarcadas para o território russo já a partir desta quinta-feira, dia 1.

Como maior exportador de carne suína do país, Santa Catarina comemora a novidade e aguarda a liberação de novas plantas.

De acordo com o Serviço Federal para Vigilância Sanitária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor), foram reabilitadas algumas plantas localizadas no Rio Grande do Sul das empresas Alibem Alimentos, Adele Indústria de Alimentos e Cooperativa Central Aurora Alimentos.

A expectativa do secretário da AgriculturSCa e da Pesca de SC, Airton Spies, porém, é de que a Rússia em breve volte a comprar carnes também dos frigoríficos de Santa Catarina. 

Ele explica que “o retorno das vendas para a Rússia irá desafogar a pressão de oferta e acabará também beneficiando outras empresas que, eventualmente, não estão habilitadas nesse primeiro momento, com a redistribuição da demanda”.

 

NÚMEROS 

De janeiro a novembro de 2017, de toda carne suína exportada por Santa Catarina, 36,9% foram para a Rússia, o que representa 102 milhões de toneladas.

Há onze meses sem exportar para o país, Santa Catarina buscou outros mercados e segue com crescimento nas vendas internacionais de carne suína, diz Airton:

“Nós exportamos boa parte da nossa produção e a China, de certa forma, compensou o cancelamento dos embarques para a Rússia. Mas a reabertura do mercado russo será uma notícia muito comemorada no estado. Por enquanto são quatro plantas habilitadas, mas a expectativa é de que a Rússia retome as importações normalmente”. 

 

EMBARGO 

A suspensão da exportação foi devido à presença de ractopamina em produtos de origem animal de plantas frigoríficas brasileiras.  

O uso de ractopamina é permitido no Brasil e nos Estados Unidos, porém proibido na Europa e na Ásia.

Para evitar qualquer tipo de contaminação, o Brasil utiliza o sistema de segregação de suínos para exportação de carne para a Rússia e Japão, por exemplo. 

Ou seja, os suínos recebem outro tipo de ração e são criados em outros locais, não tendo contato com os animais que serão destinados para mercados que permitem o uso da substância.