Está previsto para o próximo dia 15 o início das operações da fábrica da Zen em Jitan, na China, onde a empresa de Brusque (SC) irá produzir polias de roda-livre para alternadores.

A fábrica é a primeira operação industrial da companhia, de capital 100% brasileiro, fora do país.

A unidade foi montada para abastecer prioritariamente o mercado chinês, mas estão na mira também alguns países vizinhos na Ásia. A Zen pretende suprir as necessidades de antigos clientes chineses (a empresa exporta para a China há mais de 15 anos), conquistar novos e ainda atender o mercado de reposição local.

“Na verdade, a produção na China será complementar à que desenvolvemos no Brasil. Ela certamente vai ampliar o nosso mercado na região e gerar novas receitas”, afirma Gilberto Heinzelmann, presidente da Zen.

De fato, a Zen - que já mantinha na China um escritório comercial e um armazém - continuará a exportar da unidade de Brusque os pinos impulsores para motores de partida, o seu produto de maior volume atualmente.

Com capacidade de 1,5 milhão de peças/ano, a fábrica de Jitan, cidade que fica cerca de 200 km a oeste de Xangai, deve atingir esse volume no horizonte de até três anos. Os fabricantes de alternadores (OEM) deverão absorver de 70% a 80% da produção e o restante deverá ser negociado no mercado de reposição. As exportações são estimadas em cerca de 10% da operação.

As peças a serem produzidas na China foram todas projetadas pela equipe de engenharia da Zen no Brasil, que desenvolveu um projeto próprio de polias de roda-livre. Este componente é cada vez mais usado na indústria, por sua capacidade de não oferecer resistência a partir de certo ritmo de rotação, reduzindo o atrito e o consumo.

A operação em Jitan está alocada dentro das instalações de um parceiro chinês, que já fornecia rolamentos à empresa catarinense. A companhia chinesa também se responsabilizou pela contratação da mão de obra.

Esta parceria tornou muito mais rápida a instalação da fábrica em Jitan. O projeto, que consumiu cerca de um ano e meio para ser concluído, levaria no mínimo o dobro desse tempo se fosse iniciado do zero. A Zen também comprou todos os equipamentos e maquinário na China.